sábado, 21 de novembro de 2020

Resenha crítica do filme: Como estrelas da Terra” de 2007


O filme “Como estrelas na Terra” retrata a história de um menino de nove anos que sofre com dislexia, ele não é compreendido nem pelos pais nem pelas professoras do antigo colégio e inicialmente por alguns professores do internato, a nova escola. O mesmo já havia repetido o terceiro ano escolar e corria o risco de repetir pela segunda vez. Até que Ishaan já em depressão conhece um novo professor de artes, Ram, da nova escola que percebe que o garoto sofre de dislexia e decide ajudá-lo. Esse transtorno de aprendizagem era conhecido pelo educador, que decide tirar o garoto do abismo no qual se encontrava. 

Esse longa-metragem usa de diferentes artimanhas para envolver os espectadores e assim passar sua linda mensagem, como: os atores ao longo do filme vão dando vida a seus personagens, passando para o nós que estamos assistindo, suas angústias, frustrações, raiva, desconhecimento etc. Enfim, são bastante convincentes em seus papéis de pais ou professores. 

A música também tem um importante papel na trama, roubando a atenção pois traduzem as cenas, os sentimentos, os desejos, o que é importante no mundo e dessa forma nos ajuda a compreender a profundidade que o filme quer nos levar.  

Outro aspecto relevante neste filme, são as cenas, os ambientes descritos, muitos são fantasiosos porque se referem à imaginação do menino frente às atividades escolares. E dessa forma, permite-nos a experimentarmos o quão difícil é para uma criança com esse transtorno realizar determinados deveres.

A película tem todo o cuidado para ir aos poucos construindo a problemática que envolve a trama para então apresentar o real motivo pelo qual o menino tem dificuldade de desempenhar algumas tarefas escolares assim como de vida diária. Descreve com detalhes as características que o disléxico apresenta e aponta alternativas para contornar e finalmente ajudar uma criança com esse transtorno a vencer suas dificuldades.  

É um belíssimo filme que deve ser assistido tanto por pais quanto educadores. Porque nos leva a perceber a angústia que essas crianças sentem, bem como fazer com que saiamos do mundinho que somos colocados em que, como também é apresentado no filme, uma boa escola precisa seguir três pilares: ordem, disciplina e trabalho, mas sim saber que uma verdadeira escola deve ser inclusiva e ter como pilar que aprender é um direito de todos, e por isso devemos dar subsídios para todas as crianças atingirem esse aprendizado.  

Portanto, como educadora, que para tudo dá uma nota, para esse longa-metragem, minha nota é dez. É um filme que superou minhas as expectativas e que traz uma linda mensagem, começando pelo título que  já nos leva a refletir sobre a diversidade dentro de uma sala de aula, e que é preciso compreender que cada um aprende de forma diferente, cada criança tem seus próprios talentos, habilidades e sonhos, cada um tem seu ritmo de aprendizagem. E ao final deixa claro o verdadeiro papel do educador na formação de um indivíduo. 

Fabiana Sá Simões

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