Filme lindíssimo que nos traz muitas reflexões mediante muitas lágrimas.
O longo metragem narra a história de Sam, um homem que tem uma deficiência intelectual moderada, ou seja, um QI equivalente a uma criança de sete anos. Entretanto, se torna pai solteiro de Lucy pois a mãe da menina a abandona logo após seu nascimento.
Porém, quando Lucy faz sete anos e começa a ultrapassar seu pai intelectualmente, o seu vínculo é ameaçado quando sua vida chama a atenção de uma assistente social que quer que Lucy seja colocada em um orfanato.
Então, começa a disputa de Sam no tribunal para tentar convencer o juiz de sua capacidade para criar sua filha. E para ajudá-lo no processo, ele encontra Rita, uma advogada de sucesso que aparentemente tinha tudo para ter uma família feliz mas tem um relacionamento com o filho oposto ao que Sam tem com Lucy, assim como um casamento de fachada.
Durante o processo judicial, o filme nos emociona e nos leva a pensar se Sam tem capacidade de cuidar de sua filha, além de levantar algumas críticas por trás dos cuidados que os pais devem ter com seus filhos e da importância da participação deles no desenvolvimento das crianças por meio da atenção, carinho, amor, proteção, assim como, ensinamentos de regras, deveres e direitos. Também aponta a questão de qual pai que não precisa de uma ajuda para criar seu filho. Será que nenhum pai/mãe nunca se sentiu confuso e incapaz mediante a criação de seus filhos?
Outra crítica evidenciada na película é como limitamos as pessoas portadoras de transtornos mentais. Será que realmente damos a elas autonomia suficiente? Por que um pai com deficiência intelectual não pode ajudar na criação de seus filhos? Como desfazer, cortar um vínculo criado por um pai e sua filha de forma tão bruta? Será que isso não traria prejuízos futuros para ambos?
Sam sabia que sua menina precisava de cuidados além do que ele poderia dar, mas o amor dele por ela ninguém poderia substituir. Ele queria o melhor para ela, mas não queria deixar de participar da vida de Lucy.
Logo, para finalizar, instigar vocês a assistirem e se emocionarem com esse drama, assim como refletirem, deixo algumas frases do filme:
- "A condição intelectual nada tem a ver com a capacidade de amar."
- "Eu me preocupo o tempo todo" - Sam
- "Eu fiz o melhor que pude. E não é perfeito. Não sou um pai perfeito." (e quem é?) - Sam
- "Ele ensinou coisas que os professores não conseguem: paciência e compaixão."
- "Nunca abandone seus sonhos Lucy" - Sam
- "Só precisamos de amor." - Sam
Bem, recomendo assistir, refletir sobre essas questões e avaliar que tipo de vínculo cria com seus filhos. Que legado você quer deixar para eles? Como você quer ser lembrado por eles?
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